Personal Branding: O ego é o seu (e o nosso) maior inimigo

fevereiro 19, 2018

 

Confesso que esse foi um tema difícil de escrever.

Ao mesmo tempo que em que parte de mim queria falar sobre o tema por causa do meu próprio ego (ironicamente) em querer dizer como eu acho que deveríamos nos comportar ao ter uma marca de visibilidade, por outro lado eu me questionava se vocês absorveriam algum valor prático ao ler esse texto.

Como chegamos até aqui

Bom, talvez não estaríamos falando sobre branding pessoal se não fosse a dominância das redes sociais em nossas vidas. Ao abrir esse mundo de oportunidades de também sermos produtores de informações e alcançarmos não apenas o colega do lado, mas alguém do outro lado do mundo, vimos o surgimento de outras possibilidades, de nos relacionarmos sem barreiras e gerarmos-atrairmos valor para as nossas jornadas.

Os bons comunicadores entenderam essa nova lógica mais cedo e aos poucos começaram a compartilhar o que tinham melhor dentro de si, suas histórias, seu conhecimento ou mesmo o seu senso de humor. A partir daí conseguiram seguidores, ganharam endossos em suas competências, atraíram elogios e muitos likes.

O restante do mercado, já amadurecido, também começou a seguir o mesmo caminho ao ver pessoas de diferentes segmentos despontando como top voices ou influenciadores. Afinal, o mundo online é democrático, por que eu também não posso ser reconhecido pelo que eu sei?

Muitos se jogaram nas redes e acompanhamos essa chuva de informações, relevantes ou nao, mensagens de motivação, histórias comoventes, selfies e análises em diversos assuntos.

A contribuição do branding pessoal: ser head de marketing de nós mesmos

Com o termo Personal Branding se tornando mais comum, talvez isso ainda se torne mais “profissional” erroneamente associando o tema superficialmente a fotos bonitas, frases feitas e ações estrategicamente construídas para nos tornarmos mais atrativos para o outro.

Vejo vez ou outra tentativas desesperadas de alcançar a tal reputação e a consequência é um mar de mensagens, ações de curto prazo, sem foco e com um grande desprendimento de energia, como se comunicar mais fosse a solução que precisamos. E o que vemos é uma dificuldade crescente em deixar a nossa mensagem fixa na mente de quem queremos nos relacionar.

Personal Branding pode se tornar um termo ambíguo. Como disse o precursor do tema Tom Peters em 97: nesse mundo mais dinâmico nós todos precisamos ser head de marketing de nós mesmos.

Porém, existe uma linha tênue e que podemos facilmente cruzar em um estalar de dedos: o de uma marca pessoal focada em informar, educar e inspirar para aquela em que nos tornamos absorvidos em nós mesmos, em nossas próprias conquistas, selfies, nos esquecendo do “para que viemos e do por que estamos aqui”.

O ego é o nosso maior inimigo

Sim, durante esse processo o ego aparece mais do que imaginamos.

Aqui peço uma licença aos seguidores de Freud sobre definições e defino o sentido da palavra usada nesse texto – Ego: uma crença não saudável sobre sua própria importância. 

O processo de Personal Branding nos leva a pensar muito sobre nós mesmos.

Durante o processo, o meu papel é extrair e costurar toda essa bagagem de experiência, conhecimento, habilidades, personalidade, propósito que por vezes fica empoeirada em nosso passado e em desuso, mesmo tendo tanto valor. Esse valor precisa ser compartilhado de forma relevante e estratégica para te ajudar a alcançar uma posição na mente da sua audiência. E, claro, a comunicação tem uma grande contribuição.

A maior parte das vezes, nós temos tudo em mãos para dar grandes passos para chegarmos onde queremos chegar. Mas com tanto barulho, esquecemos de olhar pra dentro e olhamos apenas para o lado. Perdemos o foco. E durante o processo, ao ver resultados e endossos de seus seguidores, é fácil se perder nesse caminho.

 

 Leia também: 5 razões que te impedem hoje de investir na gestão da sua marca pessoal

 

Quando o ego está no controle

Toda vez que eu me peguei me comparando, focando em ser melhor que ou mais que o outro, investindo energia em ações a curto prazo apenas para me sobressair ou me questionando se deveria compartilhar o meu melhor conteúdo ou conhecimento com o outro, isso era o ego me afastando do meu foco: ser sempre melhor para mim mesma e no valor que eu ofereço ao outro.

O ego nos deixa cegos, nos tira do eixo e do foco principal que somos nós como os melhores servidores ao mundo com os nossos talentos, habilidades, personalidade e conhecimento. O reconhecimento é consequência. A boa reputação também.

O ego geralmente também vem de mãos dadas com o pensamento de escassez e coloca todos ao redor como competidores e muitos outros como não merecedores de receber o seu conhecimento/perspectiva. Claro, eu venho da área de negócios e devemos sim ser estratégicos em nosso negócio e no que abrir de números ou de próximos passos. Mas o que é totalmente diferente de sermos acessíveis como seres humanos e com o nosso conhecimento ( a premissa do Personal Branding é de que cada um de nós somos únicos. E o pensamento de escassez vai contra essa lógica).

Lembrete: O Personal Branding é sinônimo de protagonismo (ou seja envolve ação), mas não tendo você como o centro, e sim, o outro.

Você é o seu melhor negócio e, por isso, deve investir muito em ser o melhor, sempre. Mas lembre-se que isso tudo não com o foco na vaidade ou no poder, mas sim para ser o melhor para o seu público e o seu mercado. Nós precisamos de você e do que você tem de melhor a oferecer.

 

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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