Porque você deve ser corajoso o suficiente para investir em sua marca pessoal

fevereiro 17, 2016

Eu vejo a gestão da marca pessoal (Personal Branding) como um passo para sair do modo passivo como encaramos a nossa rotina e nossas interações profissionais (é natural que caiamos no automático quando estamos em funções com as quais já estamos acostumados a gerir). É um despertar da consciência sobre tudo o que você transmite a quem está ao seu redor (seja de forma consciente ou não) e permite um alinhamento desses sinais e ações a um objetivo final. Seja ele conseguir um novo trabalho, reposicionar a sua carreira, ser reconhecido por uma especialidade ou obter mais confiança e clareza sobre sua trajetória e suas relações.

Esse despertar pode gerar algumas consequências assustadoras e reações do tipo: “O que eu estava fazendo durante todo esse tempo?” ou “Eu poderia ter alcançado mais coisas se eu tivesse canalizado minhas energias para isso” ou ainda “Esse tempo todo entendo porque as pessoas não me valorizavam”. Em nossas cabeças, estamos sempre sendo claros em nossa comunicação e esperamos nada menos que o entendimento de quem está ao nosso redor, mesmo que sem muito esforço da nossa parte. Essa ansiedade faz parte, já que se conscientizar de tudo o que você é e o que você não é, e se posicionar na comunicação, é sinônimo de sair da zona de conforto.

Hoje observamos a atuação dos millennials no mercado de trabalho somada à alteração para a valorização do indivíduo (ou o EU como marca) em detrimento das hierarquias das empresas. Esses novos profissionais tem menos interesse na valorização do EU como funcionário da empresa X ou no reconhecimento apenas do seu chefe. E essa lógica se estende ao mercado como um todo, como a forma em que não apenas consumimos coisas, marcas e informações, mas também os produzimos (prosumers). É uma geração com mais voz (e com certa prepotência, digamos), que valoriza a relação horizontal e por isso querem ser vistos como indivíduos originais, autênticos, com seus interesses e experiências que são únicos. Querem ser vistos não mais como mais um funcionário substituível e, sim, como colaboradores/parceiros da empresa em que trabalham e que assim, juntos, alcançarão resultados incríveis e levarão a empresa ao sucesso (vide o sucesso de startups quando se diz respeito à atração dos novos profissionais para esse modelo de trabalho horizontal).

A partir dessa mudança da dinâmica do mercado e das relações profissionais, muitos começam a ver que é necessário então gerir essa “EUpresa” e por consequência sua credibilidade, reputação e imagem.

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Novamente batendo na tecla, a gestão da marca pessoal não é uma máscara ou embalagem para cobrir maus comportamentos ou profissionais desqualificados, com objetivo de enganar o público. Hoje tudo é questionado, verificado e facilmente desmascarado por meio do acesso e da velocidade das informações e das redes. Nem as grandes empresas escapam disso, quem dirá nós como indivíduos.

Enfim, no momento em que você investir nesse processo, a gestão da sua marca pessoal te permitirá:

1) Ter mais confiança para atingir um objetivo

Isso acontece durante o processo, em que você tem a oportunidade de ver o quanto de conhecimento tem para compartilhar e todas as experiências pelas quais passou. Com a velocidade em que o mundo corre e o quanto estamos focados em nossas to do’s diárias, raramente paramos para ver o que já conquistamos. Uma marca pessoal bem feita destaca seus pontos fortes e dá uma direção para como usá-los. Isso faz com que tenhamos mais confiança e direcionamento em como atingir nossos objetivos.

2) Posicionar-se frente à competição

Se você é como todos no mercado, você é um commodity. Ou seja, você passa facilmente despercebido pelo seu público-alvo. Com certeza você tem forças, experiências e interesses que te posicionam em um lugar único em que você é melhor do todos ou do que a grande maioria (ou se não tem, resta você saber no que investir para chegar até lá). Com o excesso de informações e a dinâmica do mercado, é importante você ser lembrado pelas pessoas e fazer com que elas saibam quem você é e optem pelo que você tem a oferecer (seja profissionalmente ou pessoalmente).

3) Ser reconhecido por uma especialidade

É importante especializar-se ou ter uma área/assunto que domina. Quando perguntado o que você faz melhor, a sua resposta não pode ser “tudo.” Ninguém sabe o que isso significa. Para desenvolver uma especialidade, o melhor lugar para começar é com o que você já sabe. Se você é empreendedor à frente de uma startup, por exemplo, olhe com cuidado se o que você domina é necessariamente o que sua startup domina, senão você será uma EUpresa, o que na minha opinião pode trazer consequências com o crescimento e escalonamento dela.

4) Construir relacionamentos e credibilidade

Personal Branding é expressar-se de acordo com quem você é, de forma autêntica, permitindo que você seja e faça o que está alinhado com você mesmo. Se a sua promessa de marca está de acordo não só com as suas palavras, mas também com as suas ações, então automaticamente você está no caminho para a construção de credibilidade e de relacionamentos mais duradouros.

5) Deixar a sua marca e ser lembrado

Construir sua marca pessoal é de certa forma deixar um legado e ser lembrado por suas ações, seus conhecimentos e suas interações emocionais. É importante lembrar que marcas fortes trazem polaridade: elas não ficam no meio do caminho, por isso atraem tanto quanto repelem. Investir em sua marca pessoal quer dizer que você é corajoso o suficiente para deixar o seu verdadeiro eu estar visível. É difícil agradar a tudo e a todos quando você se posiciona, seja em um mercado, com uma opinião ou dizendo não.

6) Canalizar suas energias para o que faz de melhor

Eu sei. Você também é mega ocupado no seu dia-a-dia. Por que então não canalizar seus esforços para o que você faz de melhor? A sua marca age como um filtro que permite que você identifique com clareza quando dizer sim para as oportunidades que surgem e quando negá-las (não estou dizendo que você só tem que fazer o que quer e não deve ajudar aos outros – ajudar é uma ação mega importante para a sua marca por sinal – mas essa consciência permite você gerir melhor isso).

E por fim, a gestão da sua marca pessoal permite você viver com mais leveza e potencializar a sua autenticidade e suas singularidades. Você é um ser único, por isso em vez de mudar totalmente o que você é para se encaixar em algum lugar, é bem melhor admitir quem você é e quem você não é, e aplicar o que você faz de melhor para atingir melhores resultados. Onde estiver.

E você, o que acha? Você é corajoso o suficiente para investir em sua marca pessoal?

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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