Qual experiência você promove?

junho 3, 2016

Recentemente, ministrei duas palestras sobre gestão de Marca Pessoal para dois públicos diferentes, um para jovens talentos de uma empresa líder de mercado e outra para profissionais mais experientes com diferentes expertises e carreiras.

O interessante com esse tipo de interação com o público, o que é diferente de escrever em um blog, é que você consegue captar suas reações, olhares e comentários. E a partir daí é possível fazer análises e acompanhar como o mundo profissional e as diferentes gerações estão se movimentando, os anseios e suas dificuldades.

Nessa palestra eu falo um pouco sobre o paralelo existente entre as marcas das empresas e nós, como profissionais e como pessoas únicas. Falo sobre sermos uma marca, não no sentido de publicidade ou marketing pessoal, mas no sentido de termos uma identidade, reputação e, a cada interação, causarmos uma experiência no outro, mesmo que não nos demos conta disso.

Assim como as empresas já entenderam que causar uma boa experiência para o seu cliente é importante para que esta seja marcante e permaneça na mente dele (e seja sempre sua primeira escolha de compra), está na hora também de sermos marcantes e memoráveis em nosso mercado de atuação e a cada nova conexão que fazemos.

Você já se perguntou qual experiência você promove no outro a cada interação? Será que conversando com você ele se sente acolhido ou desconfiado? Ansioso ou confortável? Seguro ou animado? E será que essa experiência se mantém ao longo do tempo?

Imagine se a cada interação com a Starbucks nós tivéssemos uma sensação e experiência diferentes. Se o ambiente, os aromas e a forma de atendimento variassem? Será que a marca seria vista com credibilidade? Será que arriscaríamos pagar mais caro por um café se não soubéssemos que a experiência se manteria?

Com as relações cada vez mais fluidas e com a quantidade de informações e mensagens provenientes do mundo digital, é cada vez mais difícil fazer escolhas e ser top of mind para o outro, seja ele um cliente, um parceiro ou um potencial empregador.

Por outro lado, se você mantém sua identidade original, cumpre promessas e se comunica de modo a expor o que sabe e a ajudar os outros você, assim como uma marca significativa, terá um posicionamento forte e um valor premium, não ficando à mercê das variações do mercado.

”A necessidade de adaptação e mudança no local de trabalho nunca foram tão grandes. A volatilidade econômica, os avanços tecnológicos, e a busca contínua para a produtividade impõe uma enorme pressão sobre os empregadores e empregados. Ao mesmo tempo, muitos funcionários estão entrando em várias formas de auto-emprego como consultores e freelancers. Todos esses fatores estão mudando a forma que os funcionários enxergam suas carreiras, suas necessidades de competências novas e melhoradas e como eles lidam com a mudança.” – A Kelly Services® Report. The Employee Lifecycle -The Impact on Work

Voltando à palestra, um dos pontos que chama a atenção com o público mais sênior é que muitos percebem o quanto poderiam ser mais reconhecidos, explorar melhor o conhecimento que possuem ou, ainda, faturar mais. É como se muitos deles estivessem sentados em cima de um baú de tesouro, mas estivessem olhando para todos os lados sem encontrá-lo. Conhecimento único, experiência, casos de sucesso. É o que muitos deles possuem, mas não conseguem transformar isso em reputação e reconhecimento à altura do que poderiam ter.

Por outro lado, o público jovem ainda tem pouca preocupação em compartilhar para ser reconhecido. Ainda sentem necessidade de fazer para ganhar experiência, competir para ganhar e explorar para decidir seus nichos de atuação.

De modo geral sinto que, para os dois públicos, o impacto maior da palestra foi o despertar de olhar para si do ponto de vista do outro e a importância e o poder de impacto (bom ou ruim) que temos a cada ação, seja ajudando o outro, seja não cumprindo uma promessa. E, ainda, o quanto isso influencia em nossa reputação e na construção dos nossos caminhos para o sucesso.

Espero que mesmo que você não tenha assistido à minha palestra eu consiga passar a mesma mensagem com essa curta reflexão por texto. Acredito que o mundo necessite de empatia, de que cada um de nós se coloque no lugar do outro e que nos preocupemos mais no bem-estar que podemos causar no outro com as nossas ações. Tente praticar esse olhar com quaisquer que sejam as suas intenções. Mas acredite: isso lhe trará muitos benefícios como pessoa e profissional.

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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