7 tendências para seguir e trabalhar a sua marca pessoal em 2020

janeiro 20, 2020

Com o amadurecimento do mercado da comunicação online, começamos a nos acostumar a não criar barreiras entre quem nós somos no mundo físico e no mundo digital. A ideia de que ter uma marca pessoal é um ato narcisista, exibicionista e feita apenas para os extrovertidos já não é tão mais comum com antigamente. 

Após anos evangelizando esse mercado, fico feliz em começar o ano de 2020 já escrevendo com a premissa de que muitos já captam essa mensagem: Todos nós temos uma marca pessoal. 

E o nosso nome – a nossa reputação – é o ativo mais importante que temos e que permanecerá conosco durante as nossas várias mudanças de profissão, mercado, atividades e ideias durante as nossas vidas. 

Investir na sua marca pessoal é deixar com que o público saiba que você é a escolha certa para o que eles estão procurando. É gerar confiança para ser escolhido. É compartilhar sua identidade para ser preferido. 

Sendo assim, com as boas novas desse ano novo, pra dar um pontapé inicial eu trago aqui as 7 tendências nas quais que eu apostaria (e apostarei) para o sucesso da sua marca pessoal.

1. Mantenha a Simplicidade: 

O que não é simples, é ignorado. 

Nosso cérebro já não é capaz de processar tantas informações. O mundo se tornou mais barulhento. Somos todos um veículo de comunicação. Queremos comunicar, falar o que pensamos, compartilhar conhecimento, expressar nossas emoções. 

Para ser ouvido, é preciso ganhar a atenção. E para que a atenção se mantenha, é preciso que a sua mensagem seja clara e tão cristalina como as águas do Blue Lake, na Nova Zelândia.

Caso contrário, ela será ignorada, já que em um mundo onde não temos tempo para nada, não perguntaremos duas vezes o que você está tentando nos dizer. 

Para esse desafio, a minha dica é: Bata na mesma tecla. Associe o seu nome a um conceito. Simples, direto e claro.  

Seja esse conceito, por exemplo:

a) Sua promessa para o público

“Ajudo empresas na produção de conteúdo especializado” é o compromisso da jornalista e repórter Tany Souza

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b) a sua missão no mercado: 

Viviane mesmo com várias expertises tem uma só missão: “Tornar o RH cada vez mais estratégico”. 

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c) a sua expertise: 

A do Edgar Caetano é em “Comunicação e Oratória”. 

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d) Ou, ainda, como a sua tagline, a mensagem que representa a alma da sua marca, ou o seu slogan, comunicando a transformação que sua entrega proporciona: 

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Com o tempo, o som dessa única tecla soará mais como música do que como barulho. E a sintonia de uma música é capaz de atravessar quaisquer ruídos na multidão. 

2. Consumo por identificação e contribuição:  

A consciência sobre o impacto das nossas escolhas vem se ampliando. Se antes o consumo era massificado, inconsequente ou despretensioso, hoje tendemos a ver as nossas escolhas como uma extensão de quem somos. E por isso, são cuidadosamente mais pensadas e carregadas de significado. 

Onde estou investindo o meu tempo, energia e dinheiro? Esse investimento me traz algo que me representa? Contribui para alguma causa ou propósito que pode melhorar a sociedade e me fazer sentir melhor? 

Como reflexo desse desejo pelo público, ao expormos com mais clareza os nossos valores e de que forma o que fazemos contribui para o coletivo, tornamos as nossas marcas pessoais mais atrativas. 

As mudanças ocorrem primeiro pelo bolso. A pressão do consumidor, leva à mudança de comportamento das empresas. E consumidores mais conscientes e com mais personalidade exigem marcas que sigam o mesmo caminho. 

Contribuir com a sociedade e viver de acordo com os nossos valores não é nada mal, né? 

3. Vá para o “fisital” (mundo físico e digital):

Somos quem quisermos ser por trás do computador ou de um celular. Gatilhos para que possamos parecer importantes, fotos bem produzidas, frases motivacionais e um feed organizado no Instagram são comumente usados para facilitar a escolha pelo que temos a oferecer. 

Com a saturação, a dose perde parte do seu efeito. E começamos a ser mais exigentes e também mais desconfiados quanto ao que vemos online: Será que existe algo real, além do digital? 

Gerar movimento no mundo real em torno do que acredita e do que comunica online nos endossa o seu compromisso real com o público, com a sua missão. Não é apenas um post motivacional, você está em campo fazendo acontecer para causar real impacto. 

A criação de experiências offline, como workshops, eventos, encontros, pode contribuir para aqueles mais sensíveis ao aprendizado sensorial. Além disso, pode tornar a sua marca ainda mais inesquecível: ou não é verdade que a nossa reação é diferente ao receber um cartão digital por email e ao recebê-lo em nossas mãos? 

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O combo físico e digital é o combo do amor.

4. Menos autoridades, mais líderes de comunidades:  

Os heróis de ontem não são os mesmos heróis de hoje. 

Hoje todos temos acesso à informação, poder de questionamento e podemos contribuir com o que sabemos. Não é preciso ser invencível. Não é preciso ser o salvador da pátria. 

O herói de ontem é o mentor, o guia ou o facilitador atual. Ensinar o que você aprendeu na prática ou nos conectar a outras pessoas que passam pelo mesmo desafio pode nos conectar a você de forma afetiva e como referência no contexto.

O investimento em gatilhos de autoridade tende a ser menos valorizado. Enquanto o investimento em ser um líder de uma comunidade, mais. 

Tome como exemplo a Dani Junco, fundadora da aceleradora B2Mamy, primeira aceleradora que prepara e conecta mães empreendedoras ao ecossistema de inovação, premiada como Heroína nos palcos da Spark Awards, a maior premiação de startups do país.

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Em vez de se mostrar invencível no mundo online, ela mostra na prática a sua real influência: Dani facilita como ninguém uma comunidade de centenas de mães empreendedoras, que inspiradas pelo seu exemplo, permanecem ativas, compartilhando o que sabem e se movimentando para contribuir umas às outras, no WhatsApp e presencialmente.

Liderar a sua comunidade online pelo exemplo é a aposta para marcas pessoais relevantes. 

5. Comunique-se de forma humana

O marketing humanizado é uma tendência. 

Como consumidores, não queremos ser tratados como apenas mais um na multidão. Afinal, temos preferências, estilos e personalidades únicos. Não somos iguais a todo mundo. E, pelo menos por enquanto, também não queremos lidar com robôs. 

Queremos sentir a intenção. Eu quero me sentir valorizado e saber que aquela oferta, aquele recado, foram feitos exatamente para mim. 

Como uma excelente prática: não terceirize relacionamentos para robôs ou padronize respostas automáticas sem alma. O mesmo vale para as mensagens de Natal (eu sei, fica para a próxima): Uma mensagem pode ser muito mais apreciada se for nominal, escrita por você, em vez de uma imagem compartilhada automaticamente no whatsapp. Afinal, ninguém gosta de SPAM.

Adicione personalidade na escrita para não ser apenas mais um na multidão. Para saber mais sobre esse assunto, vale a pena seguir a Laize Damasceno aqui no Linkedin.  

6. Invista na economia fluida: 

Com o passo acelerado das mudanças trazidas pelo avanço da tecnologia, as empresas se adaptam à forma como trabalham, como desenvolvem soluções para servir os consumidores e também como contratam para executar os seus projetos. 

Gig economy surge como adaptação a esse mercado menos estável e mais dinâmico. Contratações temporárias, trabalhos freelancers, remoto e a autonomia digital se tornam cada vez mais comuns. 

Como consequência desse fator em nosso comportamento, a mudança para a mentalidade de que nada é permanente e de que mudança é o novo status quo, nos pressiona a desapegar da falsa segurança de que uma posição, um título ou um cargo anteriormente nos proporcionaram. 

Sendo assim, investir em nosso nome se torna quase como obrigatório. 

Para os já adeptos à economia temporária, ao investir no posicionamento e na comunicação clara dos nossos talentos é possível gerar recorrência de receita e oportunidades de trabalho, não dependendo apenas exclusivamente das indicações de antigos clientes.

Ter perfis online nas redes sociais ou em plataformas de trabalho freelancer, como Workana ou Upwork, atualizados, diretos, claros e bem trabalhados, pode destacá-lo em meio a tantas ofertas medianas. 

Destacar na sua comunicação o problema que você resolve, o seu público-alvo ideal e convencê-lo com provas, portfólios e resultados anteriores é uma boa prática.

O Jack, por exemplo, é recorrentemente escolhido por empreendedores digitais de startups e e-commerce frente a tantos outros profissionais com esse perfil, deixando claro quem ele é, quem deseja atrair e suas principais conquistas na área (crescer um app de 200 a 3 milhões de usuários): 

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E lado a lado com a Gig economy anda o nomadismo digital. Afinal, se eu tenho recorrência e autonomia digital, por que não aproveitar para viajar o mundo enquanto trabalhamos? 

(Por curiosidade, é o que eu venho fazendo há alguns anos). 

7. Slow content 

Assim como já fomos mais adeptos ao fast food, o mesmo aconteceu com o fast content: aquele conteúdo com chamadas tentadoras, mas que no fundo é pouco “nutritivo” aos nossos cérebros. 

Com o tempo e saturação, nos tornamos mais conscientes do que estamos ingerindo e como estamos investindo a nossa energia e tempo tão escassos. 

O slow content é uma tendência. Encarar a produção de conteúdo de forma mais orgânica, artesanal, nutritiva e não como uma fábrica de salsicha industrializada, é tendência. 

É produzir menos, mas com melhor qualidade. É produzir menos, mas com mais intenção, com mais alinhamento com a sua marca pessoal. E é também ter mais foco e energia para não só criar, mas também distribuir melhor o conteúdo que você tanto investiu em produzir. 

Claro, a quantidade sempre será valorizada para os algoritmos das redes sociais. Não há mistério nessa conta. 

Entretanto, quem disse que é de mais contatos e seguidores aleatórios que precisamos? Ou será que não seria melhor conquistar mais influência para sermos ouvidos como referência em nossos mercados?

Para isso, a tendência é investir em qualidade e melhor distribuição do seu conteúdo arte. (Tipo a minha newsletter, sabe? Ela é feita artesanalmente só com ingredientes orgânicos 🌿😂. Assine aqui)

Agora me conte: Alguma dessas tendências já está na sua lista para esse 2020? E você sentiu falta de alguma por aqui? Compartilhe com a gente e contribua para esse artigo. 

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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39 comentários

  1. Oi Juliana!

    De todas as 7 tendências a que mais me causou o interesse de adaptação foi a #5.

    Isso me surgiu a ideia de postar em minhas redes sociais depoimentos “fiéis” dos meus clientes. E quando digo fiéis, sem nenhuma maquiagem. Sem esconder nada. Até os pontos negativos dos meus serviços. Isso pode parecer ir na contra mão do que é feito, pois, nas propagandas tudo é tão perfeito e impecável. Mas esse é marketing tradicional. Então, humanizar e dar voz a quem já comprou acredito ser um boa estratégia para 2020.

    Obrigado pelo conteúdo!!

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