“Você não é um problema a ser resolvido, mas um milagre a ser descoberto”

março 1, 2022

Se um dia eu puder mapear todos os pontos de bloqueios pessoais internos existentes na humanidade e, logicamente, apontar o caminho de resolução para todos eles de forma simples e eficiente – assim como resolveria uma equação matemática – e ainda puder compartilhar a fórmula com todos, eu serei profundamente realizada.

Eu não descarto essa hipótese (que satisfaz profundamente qualquer mente resolvedora de problemas). Mas essa mentalidade é irrelevante quando estamos dentro de uma situação que nos tira do eixo.

Quando estamos passando pelo problema, a perspectiva é pouco racional. Em meio a um turbilhão de emoções, a aplicação da mentalidade resolutiva de problemas só nos faz estar ainda mais no problema.

É como adicionar lenha na fogueira. E contribuímos ao que muitos conhecem como espiral negativa, onde podemos nos afundar em emoções e nos perder profundamente. Durante horas do dia. Às vezes meses. Ou anos.

Nesse momento intenso, é preciso desligar a mente e ir para o outro lado do espectro: o vazio. E para chegar lá, uma frase que parece – e é – paradoxal, mas fundamental ao processo interno de expansão pessoal:

“Você não é um problema a ser resolvido, mas um milagre a ser descoberto”

Uma frase de auto aceitação radical. Que tem o seu lugar imprescindível assim como tem o processo de auto análise terapêutica.

Ela é uma frase paradoxal. Isso porque ao mesmo tempo que enxergamos claramente todos os nossos pontos de incoerência e conflitos internos, e queremos UR-GEN-TE-MEN-TE resolvê-los, é preciso desligar a mente analítica e lembrar (e sentir no nosso corpo) que na realidade, não há nada a ser resolvido. Tudo está perfeito do jeito que está.

Tudo está perfeito do jeito que está.

E então assim que verdadeiramente aceitamos esse princípio, sentiremos a respiração se aprofundar e a mente desacelerar. Paramos o tempo. Voltamos ao nosso corpo. E podemos então caminhar com um pé de cada vez, um na frente do outro. E sentir o chão, com o pé inteiro, como se fosse a primeira vez.

Na prática, eu posso dizer com profunda clareza que receber amor e aceitação incondicional para esses momentos foi tão importante quanto àqueles de questionamentos e investigação profunda das minhas sombras (aqueles aspectos que rejeitamos em nós mesmos), dos meus traumas, dos meus medos, do meu ego.

Não fazer nada é tão importante quanto o fazer algo a respeito.
Isso vale para a vida. Ou para o nosso processo de expansão pessoal.

– Tudo está perfeito
– Mas, então, isso que aconteceu comigo, sabe. E aquilo também, outro dia. – – Não sei o que fazer…(blablabla)
– Tudo está perfeito.
– Mas se eu tivesse feito isso daquele jeito, seria melhor. Nossa, estou tão arrependida…(mais blablabla)
– Tudo está perfeito.
– Mas…
– Tudo está perfeito.

(Vazio)
A espiral se encerra.
Nesse momento, está a oportunidade perfeita para seguir um outro fluxo, dessa vez correnteza acima.

PS1: Um diálogo que realmente aconteceu comigo, enquanto eu tomava um café da manhã em um café simplezinho com a Petra, uma jovem senhora bulgariana, muito sábia, mas de poucas palavras.

PS2: Frase que ouvi de uma grande amiga, Joanna Zaborowska

PS3: Se os seus problemas pessoais parecem nunca desaparecer, pode ser porque o nosso cérebro muda constantemente a forma como definimos o conceito do que é um problema. Como consequência, ele continuará encontrando problemas em situações que em um primeiro momento não seriam consideradas relevantes.

Neste estudo, pesquisadores mostram que nós estamos constantemente comparando o que está à nossa frente com seu contexto mais recente. E por isso, pode ser normal que a gente expanda a definição do que consideramos um problema ou chamamos de ameaçador. Neste estudo, indivíduos foram convidados a analisar diversos rostos e então definir se eles poderiam ser considerados ameaças ou não. Quando os rostos ameaçadores pararam de desaparecer, propositalmente, os participantes ainda continuavam buscando maneiras de encontrar ameaças, mesmo em rostos comuns. Esse tipo de comportamento é consequência da maneira básica como nosso cérebro processa informações.

Por isso, a questão a ser feita é: como você define para você mesmo – ou para o seu cérebro – o que é um problema? Qual é a sua definição?

Talvez valha a pena escrevê-la em um papel, antes que a intensidade de pensamentos da sua mente em uma situação de crise te leve para um caminho sombrio.

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
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