Branding Pessoal: As Primeiras Perguntas para Você Sair do Lugar

abril 30, 2018

O Branding pessoal é uma jornada. A partir do momento em que você entende a lógica da estratégia e começa a ter consciência da sua marca, as fichas caem (como me dizem algumas pessoas) e você começa a perceber cada palavra que recebe ou atitude que toma com mais sentido.

O despertar dessa consciência é poderosíssimo. A marca é um quebra cabeça e a consciência permite que você enxergue e encaixe essas peças de uma maneira melhor para o que quer alcançar.

 

Qual o melhor momento para começar?
Como a gestão da sua marca pessoal é uma jornada, quanto antes você investir, melhor.

Muitos associam esse trabalho a tornar-se mais visível (o marketing pessoal), mas o que se trabalha é a estratégia para o aumento da percepção do seu valor de marca, por você e pelo seu público.

Quando há esse entendimento de valor, aí sim você vai fazer o possível e o impossível para compartilhá-lo para o mundo, pois seria desperdício se não o fizesse.

Com o Personal Branding há, ainda, o despertar do protagonismo e do autor dentro de cada um, para que então você possa mover as peças de sua jornada de uma maneira mais estratégica, conquistando maior controle de seus objetivos, maior liberdade e independência dos fatores externos, maior autoconfiança o que atrai oportunidades e pessoas, maior facilidade nas tomadas de decisão, maior orgulho em vestir a camisa de quem você é, menor vulnerabilidade em se posicionar e maior clareza em sua comunicação. Sim, são consequências comprovadas.

 

Como sei que eu preciso investir em Personal Branding?
Como sabem, todos nós já temos uma marca pessoal. Ela é a nossa reputação, é o que dizem sobre nós quando não estamos presentes.

Ter maior influência sobre a gestão da nossa marca tem inúmeros benefícios, como disse acima. Mas por vezes só nos movimentamos quando sentimos alguma “dor”, uma necessidade mais intensa e óbvia.

Abaixo alguns padrões de necessidades comuns dos que chegam a mim para a consultoria:
– Eu me escondi por trás de uma logo corporativa (seja a minha empresa ou outra), de uma atividade, título ou cargo e sinto que perdi a minha identidade. Eu me questiono, qual a minha marca?
– Eu tenho múltiplas habilidades, por isso estou envolvido em muitas atividades. As pessoas não entendem o que eu faço e não quero ser visto como indeciso ou quebra galho. Como me posicionar no mercado de maneira clara?
– Estou paralisado na minha comunicação, entendo a importância, mas sou autocrítico suficiente para não querer fazer de qualquer maneira, pois entendo o impacto de uma comunicação positiva e negativa na minha marca.
– Eu sei que a relevância da minha marca não condiz com todo meu potencial. Eu sinto que estou em plateau, mas não deveria estar, tenho muito mais a externalizar.
– Eu estou em transição de posicionamento, tenho outros interesses e quero mostrá-los ou porque resolvi mudar de carreira. De toda forma, sinto que não tenho nada de relevante nesse novo recomeço e que vou ter que construir tudo do zero.

 

E então, se eu tenho essas necessidades, quais são os primeiros passos para mudar esse status?
A nossa rotina, atividades e a nossa história vão muitas vezes nos colocando camadas rígidas que tentam definir quem somos. Há um medo de tirá-las, pois elas são quem somos agora, nossa estabilidade, e tirá-las significa começar do zero, estar despido e desamparado.

A resposta para o seu próximo passo está na avaliação de 4 pontos: da sua história, da sua visão, das suas necessidades e de quem você realmente é. Ou seja: do que e do porque você fez o que fez até agora, de onde quer chegar, do que você precisa para estar satisfeito e do entendimento da sua identidade.

Até o momento eu tive três recomeços (da potencial carreira tradicional como farmacêutica por formação, para o marketing na área de inovação; do pensamento de executiva gestora para o de empreendedora; e a transição da área de tecnologia para a de estrategista em Personal Branding) e o que aprendi é que:

Nós podemos ser quem quisermos ser, em toda essa trajetória há pontos que se conectam, convergem e fazem sentido.
E que o que fazemos hoje não deve e não nos definem (o que não quer dizer que você não deve definir de forma clara o seu posicionamento, leia sobre posicionamento aqui).

Se você acredita que o que você faz ou fez te define, você se torna rígido, e as transições, tão necessárias e tão constantes no mundo atual, irão te desestabilizar frequentemente.

Nesse mundo, a mudança é o status quo e a velocidade com a qual você se adapta é essencial para o sucesso e a paz interior, já que você depende menos das situações externas, seja da crise na economia, do seu chefe na empresa ou do clima do dia de hoje…

Você só consegue transitar de maneira mais fluida se você fortalece o que é seu: a sua marca pessoal. E ela agirá como uma bússula nesse caminho, se conectando e se desconectando de pessoas, projetos e empresas, com mais intenção, menos rigidez e com maior benefício mútuo.

 

Os primeiros passos, finalmente?

São essas perguntas abaixo de autoavaliação (não há como fugir, mesmo):

  • Quem é você além do seu título?
  • Como chegou aonde está hoje? Quais foram as suas conquistas e quais as habilidades, conhecimentos e aprendizados de cada ponto?
  • Por que você faz o que você faz?
  • Pelo que você quer que as pessoas te recomendem, te procurem, te refereciem?
  • Por que você é credível para isso?
  • De que forma você acha que é percebido hoje? O que gostaria de mudar?

A chave é questionar-se para encontrar a verdade e para encontrar padrões que te darão contexto para costurar todos esses pontos, pois de alguma forma eles fazem sentido.

É possível fazer por conta própria? É sim. Eu fiz e ainda o faço periodicamente.

Mas no início é preciso disciplina e investir um tempo para você mesmo, de maneira mais frequente. É preciso coragem para fazer esses questionamentos, para que em algum momento algo comece a fazer sentido. É como o EUREKA das grandes descobertas. Não é de uma hora para outra. É preciso ir conectando os pontos. É preciso que as fichas comecem a cair.

Faça essa primeira avaliação, questione-se e revise todos os dias, pelos próximos 30 dias.

 

Como essas perguntas ajudam cada um daqueles perfis acima?

– Se você se escondeu por trás da logo, é preciso quebrar o modelo atual de dependência externa e pensar de maneira menos rígida, hierárquica e se tornar mais vulnerável a pensar de maneira mais horizontal e baseado no que é interno. Explorar a sua identidade, o que já é fator obrigatório em todo o trabalho de Branding Pessoal, será o ponto principal nesse caso. É esquecer as caixas em que fomos colocados. A construção de toda a estratégia a seguir é sempre baseada na identidade. Entender como você se conecta ao que faz hoje, também te ajudará a valorizar a sua marca e o projeto com o qual está envolvido (entenda que vocês são entidades diferentes).

– Se tem muitas atividades e o posicionamento não faz sentido (muito menos a comunicação) é preciso analisar os padrões da sua história e “o porque faz o que faz” é chave para o entendimento de como todas essas atividades se conectam. Há algum sentido no seu envolvimento com todas elas e a sua comunicação não será baseada apenas no que você faz e sim no porque. Qual a lógica que costura todos esses pontos?

– Se você está paralisado com a sua comunicação, falta clareza de porque comunicar. O seu perfeccionismo te exige uma estratégia e a sua autocrítica te demanda uma perspectiva melhor de qual realmente é o seu valor para que faça sentido entregar ao outro. A partir do momento em que você ajusta a sua perspectiva, entende o seu valor e aonde quer chegar com isso, você consegue ir em frente com a exposição.

– Se você sente que a relevância de marca não condiz com todo potencial, provavelmente há uma dificuldade em externalizar por meio da comunicação o que você tem de conhecimento (é preciso entender para quem esse conhecimento é útil) ou, então, há um desalinhamento entre como você é e como você quer ser percebido, o que pode ser consequência de ações e comunicação não consistentes ou coerentes (é preciso um olhar crítico para entender a mensagem final que passa em todos esses momentos e o que precisa ser ajustado). Lembrando que a consistência, gera familiaridade e confiança em sua marca pessoal.

– Se está em transição de posicionamento, você precisa entender que não há nenhum recomeço que seja realmente do zero, por mais divergente que seja a transição de uma carreira para outra. Extrair de onde veio para que faça sentido para aonde você vai e o que quer alcançar, é a minha dica. A sua marca transcede o que você faz. E por isso as transições não devem ser dolorosas. Entenda de que forma você transcende.

Novamente, voltei àquelas perguntas acima.

E ai, esse texto faz sentido para você?
Você topa fazer esse desafio e se questionar nos próximos dias?
Bom, se você mesmo assim não sair do lugar, agenda um papo comigo (probono mesmo) e vou tentar te ajudar a desenrolar esse nó em um call.

Para aqueles que precisam de uma perspectiva externa para esse trabalho, hoje eu ofereço cursos de 5h (livres e em grupo) e a minha consultoria. Tem algo que eu possa te ajudar?

Lembre-se: A sua marca transcende. Comece a investir nela agora.

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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1 comentário

  1. Muita boas as reflexões. Estou em momento de me reposicionar profissionalmente e tem sido dificil fazer as escolhas. Sempre fui uma pessoa generalista, que gosta de aprender sobre diversos assuntos ligados a Gestão de Negócios. Mas sinto que hoje em dia é preciso ter foco e se identificado com poucos assuntos ou temas para ter mais valor. Mas tenho tido dificuldade nisso!!!

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Sobre Juliana Saldanha
Olá! Eu sou a Juliana e Juliana Saldanhasou Estrategista em Personal Branding. Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável. Leia mais sobre mim.

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