Dois mundos profissionais e as aplicações da gestão da marca pessoal

abril 7, 2016

São pequenas ações contínuas que podem fazer com que você fortaleça a sua marca pessoal. Além de, claro, dar o primeiro passo que é criar a consciência de que você é uma marca e de que é importante você investir nela para criar boas experiências ao seu público e às suas conexões.

Neste ponto, espero que você também entenda que investir em sua marca pessoal é você deixar o papel de passivo, para ser protagonista de suas ações e decisões, é deixar de seguir o fluxo e fazer por fazer, só porque todos estão indo nessa direção. É a possibilidade de você ser quem você é, único. É despertar a sua consciência para o modo como você está proporcionando valor para as pessoas com as quais você se conecta (será que você entrega algum valor a cada interação?). É se posicionar e tomar ações e decisões não randomicamente, de acordo apenas com sua intuição, mas sim de acordo com a sua essência e com os seus objetivos (se você não os tem, qualquer caminho serve e dificilmente você será protagonista).

Por ter sempre lidado com muitos tipos de profissionais e com uma dinâmica e rotina de construir relacionamentos e engajá-los, tive a oportunidade de errar bastante e observar vários tipos de comportamento no ambiente profissional. Esses comportamentos ou pequenos hábitos impactam diretamente em nossa marca pessoal, já que ela está diretamente ligada à REPUTAÇÃO. A marca pessoal é composta por sua experiência, personalidade, ética de trabalho, a maneira de vestir, sua maneira de se comunicar. Basicamente, é tudo o que você coloca para fora no mundo. No entanto, isso é apenas metade da equação. A outra metade é a percepção que os outros têm de você. Por isso, está relacionada diretamente à sua reputação.

No mundo corporativo, predominantemente, o foco é na competição e em como você vai alcançar os seus resultados e a posição que almeja. O foco está em você, no que você pode ganhar e como você pode ser melhor do que todos. Raramente a preocupação no dia a dia está no que você proporciona às pessoas com as quais convive. O modelo de trabalho geralmente é formal e a interação é de cargo para cargo, ou função para função. Nunca de pessoa para pessoa.

A busca pela reputação é sempre relacionada a habilidades e experiências referentes ao cargo. Nesse mundo, por outro lado, pessoas se encaixam em funções e títulos e, caso não continuem mais com a empresa, sentem-se despidos, sem controle de suas carreiras ou de suas vidas. Nesse caso, isso acontece porque estes profissionais não possuem identidade própria. Foram moldados com o pensamento de que são apenas mais um no mercado e não possuem nenhum diferencial ou valor fora dele.

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O pecado aqui é a dependência de um lugar onde você é definido. Sem ele, você acha que não é ninguém. Falta abrir a mente para possibilidades e flexibilizar opções. Falta o investimento na marca pessoal para a descoberta dessa identidade que é única, independente do ambiente, e como posicioná-la no mundo.

Por outro lado, no mundo empreendedor digital que convivi as relações fluem em outra dinâmica, de maneira mais humanizada e mais informal. Existe um despojamento e um despir de todas as máscaras, autoridades, cargos e posições. A competição existe, mas é encarada de outra maneira. A colaboração em conhecimento e, por vezes, em execução é mais frequente. A flexibilização de alternativas, ideias, modelos de negócio abre precedentes para a diferenciação e a valorização de seu trabalho e de si mesmo. O pensamento já é focado na autenticidade e na inovação, por isso ir com o fluxo não soa como uma boa opção.

Entretanto, o que percebo é que mesmo com uma identidade forte e única, o empreendedor lida, produz e envia muitas informações diariamente, por vários canais e de maneira digital. Os pecados aqui são a confusão dos sinais emitidos sobre a sua marca pessoal, já que é natural (e até recomendado) a mistura entre vida pessoal e profissional, a falta de tato com relacionamentos presenciais, a individualidade do mundo digital e a superficialidade dessas interações. A abundância leva à superficialidade.  Tudo é muito fugaz e nos esquecemos de engajar, cumprir promessas (são muitas as distrações) e de nos preocupar com o outro de maneira mais profunda, menos online.

Nesse caso, o investimento na marca pessoal auxilia de certa forma no foco de quem você é em meio a tanta informação e opções e no despertar para a experiência que proporcionamos às nossas relações seja com amigos, clientes ou funcionários. É desacelerar um pouco, para ser capaz de enxergar uma direção clara.

Eu vejo de forma clara o abismo que existe entre esses dois ambientes e que, aos poucos, é natural que um aprenda com o outro hábitos, experiências, formas de trabalhar e atingir seus objetivos. Para os dois mundos, eu vejo essa necessidade da busca pela identidade e da consciência da sua marca pessoal. Porque quando você vive de acordo com ela, tudo flui de forma mais natural e menos estressante.

Se eu puder dar duas dicas em comum para esses dois tipos de profissionais, seria:

– Entregue consistentemente suas promessas e cumpra seus compromissos. Seja um contato que ficou de indicar ou uma cerveja que prometeu a um colega. Consistência leva à confiança. E confiança certamente é uma palavra que você quer ter ligada à sua reputação.

– Aplique a sua marca consistentemente e de forma clara. Dessa forma, as pessoas vão saber o que esperar de você e irão apreciar o que você tem para oferecer, o que quer que seja. Certifique-se que suas ações refletem você e sua personalidade. Seja sempre você mesmo – quando você é, sua marca é coerente e forte.

Faça a reflexão sobre você como profissional e seu ambiente de trabalho. Está tudo de acordo com o que você deseja e quem você é? O que você gostaria de mudar?

Eu espero que pouco a pouco você dê vários primeiros passos para viver cada dia mais de acordo com a sua marca pessoal.

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Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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