Posicione a sua marca pessoal de maneira única assim como um shark

março 15, 2016

Um dos programas que gostava de acompanhar (e ainda assisto) é o Shark Tank, programa em que empreendedores apresentam seus negócios a potenciais investidores a fim de obter investimento, além de famosos e experientes parceiros, os chamados sharks. A minha atração pelo programa é natural já que as apresentações e argumentações se aproximam do que acompanhei em quase 3 anos de trabalho com startups, acompanhando apresentações e competições de pitch – sinônimo de uma apresentação sumária com objetivo de conquistar o interesse da outra parte em seu negócio.

São poucos os minutos da chance da sua vida, então passar a mensagem de forma clara, atraente e objetiva é fundamental para o sucesso. E, várias vezes, vi bons negócios não serem investidos porque os empreendedores estavam inseguros, não passavam credibilidade em suas falas ou porque eram indecisos.

O mesmo nível de importância que esses empreendedores dão ao fazer seus pitchs no Shark Tank deveria ser aplicado por nós ao fazermos novas conexões.

Vejo muitas pessoas que se queixam das poucas oportunidades que possuem ou de não possuírem muitos contatos para alcançar o sucesso. Entretanto, ainda existe pouco investimento ou planejamento quando se trata em aproveitar oportunidades de conexão, sejam elas na fila do banco, no elevador ou no evento da sua área.

Em uma entrevista de um dos sharks, Daymond, ele diz: “Os millennials possuem essa ferramenta incrível que é a mídia social. Na minha época, no trabalho, eu atendia telefones de 9h às 17h e pronto. Vocês agora estão disponíveis a qualquer momento pelo celular. Na minha época eu tinha 6 amigos e vocês tem 600, o que é basicamente um grupo focal”.

Ou seja, temos tudo em mãos, mas somos ruins em explorarmos essas redes, em nos posicionarmos e em comunicarmos esse posicionamento de forma a sermos lembrados e reconhecidos de acordo com nossos objetivos (outro grande problema, já que a maioria da população não define seus objetivos profissionais ou pessoais).

Quantas vezes em um evento da área ou em um happy hour você conheceu uma pessoa e o máximo que conseguiu trocar de informação foi o seu nome e o seu cargo na empresa? Ou se apresentou de forma desanimada ou entediante? Trocou cartões e o máximo que fez foi colocar o contato em sua pasta de cartões na gaveta do escritório. Será que você conseguiu ser marcante o suficiente para a outra pessoa para que você também não fosse apenas mais um pedaço de papel? Qual valor você adicionou para a outra pessoa naquela oportunidade, por mais breve que tenha sido? Qual impacto você causou ou poderia ter causado com a sua mensagem?

Não vou me aprofundar no tema networking, mas o fato é que não sabemos nos posicionar porque não entendemos ou buscamos entender qual o nosso diferencial e o nosso posicionamento no mercado (e no mundo!). E se você não se posiciona, você não possui uma marca pessoal atraente. Ou você já viu alguma marca ser atrativa sem saber o que oferece ou quais são seus diferenciais? Como profissionais de determinada área, temos milhares de concorrentes. Mas como indivíduos, temos a incrível vantagem de sermos únicos, em nosso conjunto de experiências, expertises, personalidade, conhecimento e relacionamentos. Então por que não destacar nossa marca pessoal que é única no mercado?

Bom, voltando ao Shark Tank, vejamos como são apresentados os sharks, bilionários que investem nas mais diferentes empresas durante o programa:

– Kevin O’Leary é um capitalista de risco que transformou um empréstimo de US$ 10.000 em um negócio de software no valor de $ 4,2 bilhões.

– Barbara Corcoran passou de trabalhar como garçonete em Manhattan para a construção do proeminente império imobiliário da cidade.

– Daymond John é o especialista em moda e branding que transformou sua linha de roupas feita em casa em uma marca de moda mundialmente reconhecida, FUBU, com mais de $6bilhões em vendas atualmente.

– Robert Herjavec, filho de um trabalhador de fábrica imigrante, é agora um magnata da tecnologia que vendeu sua primeira empresa de internet por mais de US $ 350 milhões.

– Mark Cuban é um empresário bilionário notório e o proprietário declarado do Dallas Mavericks.

– Lori Greiner, a rainha do QVC, possui mais de 100 patentes, lançou mais de 300 produtos e tem meio bilhão de dólares em vendas.

Estas introduções rápidas causam grande impacto em poucos segundos. Elas instantaneamente transmitem que essas pessoas não são apenas dignas de investir nas empresas, mas também capaz de transformá-las em empresas bilionárias.

Ao contrário do que tendemos a fazer, essas introduções não são vagas ou desnecessariamente prolixas. Dizem de forma objetiva o que os sharks são e o que fazem. Não usam palavras vagas, com termos clichês que não dizem nada no fim das contas. Muitas vezes queremos florear muito, mas o melhor jeito de nos posicionarmos é sermos diretos e firmes na apresentação.

Além disso, as introduções possuem evidências, assinaturas de realização que endossam o quanto eles são bons no que fazem. Claro que não é tão simples ter endossos como os apresentados, mas com certeza você possui algum aspecto ou realização que reforça o quanto você é único e competente na sua área.

E, finalmente, eles apontam a história pessoal e de luta dos sharks, criando empatia ao público, já que é possível alcançar o sucesso partindo do zero, assim como eles fizeram. Essa humanização abre possibilidades para aproximação.

Durante o programa, quando se trata de projetos bons, os próprios sharks lutam para se posicionarem e serem escolhidos pelos empreendedores, sendo assim focam seus discursos na proposta única de valor que eles oferecem. É nítido o posicionamento do Kevin com frases como: “Você quer ser rico ou não? Vamos ficar focado nisso, amigo” e do Mark, que ao contrário de Kevin, foca na história e no brilho dos olhos do empreendedor para conquistá-lo.

Que tal aproveitar esses exemplos e criar a sua apresentação?

Escreva uma frase que explica brevemente quem você é, o que você faz, e algo que você tenha conquistado com muita luta ou exponha a realização de algo incrível. Verifique se o seu “algo incrível” é relevante para o contexto envolvendo os seus objetivos profissionais e como você quer ser reconhecido.

Outra forma de escrever esse posicionamento é envolver três pontos: o que o seu público-alvo quer (ou seja, o que você oferece) + suas forças e valor + seus diferenciais competitivos.

Ao escrever o seu posicionamento, você terá que buscar várias informações sobre você mesmo e poderá chegar à conclusão de que realmente tem muito a oferecer, o que, consequentemente, te dará mais confiança em suas próximas interações. O mais importante aqui, ao se definir, não é decorar a frase e se apresentar incessantemente a todos como um robô. O importante aqui é que, por meio do entendimento de qual o seu papel e o que tem a oferecer, você possa criar relações duradouras e tornar a sua marca pessoal atrativa do ponto de vista do seu público. É você se perguntar a todo momento: o que posso oferecer ao outro que ninguém mais oferece? E saber comunicar esse valor de forma clara em sua apresentação.

Olhe ao redor e veja a quantidade de oportunidades que temos. Muitas vezes o que nos falta não são as conexões e, sim, um posicionamento e objetivos claros em nossas mentes. Deixe claro o seu posicionamento, fortaleça a sua marca pessoal e me conte como isso mudou a sua forma de atrair oportunidades.

Sobre Juliana Saldanha

Sou Estrategista em Personal Branding.
Tenho como missão te ajudar a posicionar-se no mercado e comunicar o seu valor de forma relevante e memorável.

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